Mercado imobiliário
12.out.2014
Tamanho da Fonte: A- | A | A+

Mercado imobiliário: setor precisa se mexer para não entrar em crise

Estoque alto, sem previsão de novos lançamentos e devoluções. O segmento vive, talvez, um dos seus priores momentos deste século

Logo Copiar Blog Notícia

O título pode parecer calamitoso, mas não necessariamente é. O setor vive, talvez, neste ano um dos piores momentos deste século (talvez até mais), mas ainda há condições de reverter esse cenário negativo.

Este ano, o número de lançamentos cai mês a mês. Basta analisar levantamentos de todas as entidades representativas e de algumas empresas que fazem pesquisa. Além disso, o estoque - que sempre foi à âncora do setor - também não vem apresentando bons índices de venda. Ou seja, além de não colocar novas unidades no mercado, as que são remanescentes de lançamentos anteriores não são escoadas.

Pior, algumas empresas estão percebendo outro fato negativo: o número de devoluções está aumentando nos últimos meses. O ruim é que essas unidades já haviam entrado nos balanços das empresas, nas pesquisas e computadas como lucro futuro para novos investimentos, mas agora estão sendo devolvidas. Mesmo que se cobre a multa (em média é entre 10% e 20% do valor já pago, a título de despesas administrativas), ou mesmo que, em alguns casos a Justiça entenda que não deva se pagar qualquer valor, o prejuízo entra no "borderô".

Mas, calma lá, nem tudo está perdido ou o estado é crítico. O que pode ser visto como ruim é apenas uma fase, segundo agentes ouvidos pelos portais do Grupo SP Imóvel. Muitos profissionais - sejam de construtoras/incorporadoras e imobiliárias - entendem que isso é apenas transitório. Este ano, o reflexo que já vem desde 2012, coincidiu com dois eventos que, por si só, já faria o setor "dar um tempo". Copa do Mundo e eleições (lembrando que este ano foi uma supereleição, com escolha de presidente a deputados estaduais) fizeram com que o setor ficasse em compasso de espera.

O otimismo veio, mas não se mostrou com resultados concretos. Ou seja, houve grande expectativa de uma mexida positiva no setor, mas quando se percebeu, compradores não responderam da mesma forma. Um dos grandes problemas - que tende a se normalizar em breve - foi o aumento do valor do metro quadrado em algumas importantes regiões. A economia também não se mostrou tão forte e o receio dos compradores de perder emprego ou sua real condição de pagar seus compromissos foi forte.

A tendência é que o setor se normalize, que comece a lançar em velocidade mais reduzida e de forma mais pensada. Os estoques também devem ser escoados, mas isso vai levar um pouco mais de tempo para que tudo volte ao eixo normal. Como o mercado imobiliário age como uma fênix (que renasce das próprias cinzas), o cenário futuro tende a ser bem melhor. Quem espera, verá.







Fonte:
ABC Imóvel
O Portal de Imóvel do Grande ABC de São Paulo
www.abcimovel.com.br/
Equipe de Jornalismo
Grupo de Portais Imobiliários
SP Imóvel